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Proteger a Juventude contra as Práticas de Marketing Digital

Proteger a Juventude contra as Práticas de Marketing Digital 

A investigação académica sobre a análise das práticas de marketing, conduzida pela Universidade de Ghent, na Bélgica, visa apoiar o desenvolvimento da campanha para proteger a juventude do marketing manipulativo online. Os resultados da investigação foram aglomerados num relatório público abrangente que, também, pode servir como um recurso valioso para as partes interessadas e os decisores políticos.

1. Táticas persuasivas e estratégias impactantes

A pesquisa revela quatro principais táticas persuasivas utilizadas pelos profissionais de marketing digital:
• Integração
• Interação
• Personalização
• Emoção

Estas táticas colocam desafios à alfabetização publicitária das crianças. O marketing de influência e nos jogos emergem como estratégias com impacto, com apelo emocional ao utilizar os avanços da inteligência artificial (IA) que, futuramente, serão mais prevalentes. O relatório, também, identifica, falhas nos estudos atuais, como, por exemplo, pesquisas limitadas nas aplicações mais recentes (como o Snapchat e o TikTok), faixas etárias específicas e falta de diversidade na investigação.

2. Os direitos das crianças no contexto do marketing digital

Ao examinar os direitos das crianças no contexto do marketing digital, o relatório reconhece os desafios decorrentes de práticas complexas e imersivas:
• impactar a liberdade de expressão;
• privacidade;
• acesso a diversas informações;
• o direito de jogar;
• proteção contra a exploração económica.


Simultaneamente, reconhece, também, oportunidades positivas no domínio digital, enfatizando o papel da indústria do marketing na obtenção de conteúdos e serviços online de alta qualidade para crianças.

3. Quadros jurídicos da União Europeia (EU) para a proteção das crianças

O relatório analisa o quadro jurídico reforçado da UE para proteger as crianças das práticas de manipulativas de marketing digital, abrangendo diretivas como:

• A Diretiva sobre Práticas Comerciais Desleais (UCPD);
• A Diretiva sobre Serviços de Comunicação Social Audiovisual (SCSA);
• A Lei dos Serviços Digitais (DSA);
• A Lei Geral de Proteção de Dados;
• O Regulamento (GDPR);
• A Lei da Inteligência Artificial.

Desta forma, o relatório destaca a autorregulação no sector do marketing e explora práticas prejudiciais, ao delinear mecanismos regulamentares para as combater.
Em conclusão, o estudo enfatiza a influência, generalizada, das práticas de marketing em diversos aspetos nas experiências online das crianças. Enfatiza, desta maneira, a necessidade de uma abordagem equilibrada, tendo em conta a proteção das crianças de riscos potenciais e, ao mesmo tempo, capacitando-as e educando-as para melhorar a sua literacia digital e as competências de tomada de decisões relativamente a compras online. Esta estratégia é crucial para mobilizar atividades de sensibilização eficazes face à evolução do contexto digital.